No último sábado, 31 de maio, durante a 1ª Convenção de Adoradores realizada na Sede Nacional da Assembleia de Deus Brasil (ADBRASIL), um milagre extraordinário foi testemunhado por todos os presentes. A jovem Maria Eduarda, de 19 anos, que desde 2020 usava cadeira de rodas devido a complicações da COVID-19, levantou-se e andou.
“FOI UM CHOQUE, UMA DOR QUE EU NUNCA TINHA SENTIDO”
Em setembro de 2020, Maria Eduarda, na época com 14 anos, contraiu COVID-19. No início, os sintomas não pareceram graves. Ela sentia apenas um cansaço, sem falta de ar, e permaneceu em casa com acompanhamento médico. No entanto, semanas depois, a realidade mudou drasticamente.
“Numa noite de outubro, tudo mudou. Comecei a sentir uma dor muito forte, como se fosse um choque, algo que ligava tudo ali. Pedi pra minha mãe apertar minha mão, porque doía demais, os dedos estavam fechando sozinhos. Naquela mesma noite, meu pé direito atrofiou.”
Ela conta que foi um processo estranho, porque parecia lento, mas aconteceu muito rápido. “No dia seguinte, os dois pés já estavam atrofiados. Fomos aos hospitais em Manaus, mas todos estavam lotados: Adventista, Santa Júlia, Unimed. Até que consegui ser atendida no SESI, pelo doutor Aníbal, que me acompanha até hoje. Ele é uma pessoa de Deus. Deus colocou ele no meu caminho”, relatou Maria Eduarda.
“EU NÃO PEDIA MAIS A CURA. EU AGRADECIA”
A jovem enfrentava dores constantes, atrofia muscular e uma hipersensibilidade tão intensa que chegava a desmaiar ao menor toque na pele. Por causa dessa condição, ela não conseguia realizar sessões de fisioterapia.
Mesmo sentindo dor, Maria Eduarda jamais perdeu a fé. “Eu sempre tive convicção de que Deus iria me curar. No início, eu orava pedindo a cura. Depois de um tempo, passei a orar agradecendo, como se já estivesse curada. Eu só agradecia”, contou.
A entrevista completa com Maria Eduarda está disponível neste vídeo:
“EU SÓ VIA FOGO”
Antes que o milagre de Maria Eduarda acontecesse, ela recebeu oração de pessoas que tinham fé que ela poderia ser curada. Rédellen Silva Soares, 20 anos, que congrega na ADBrasil Sílvio Leite 1 e trabalha como fiscal de obras, conta que foi direcionado por Deus para sair de onde estava para ir até o local de Maria Eduarda e orar por ela.
Ele conta que ficou atrás da cadeira de rodas e tocou nela, nesse momento ele teve uma visão espiritual que mostrava a jovem andando. Rédellen começou a orar e neste instante Maria Eduarda apertou a mão dele. Vemos nas imagens o momento em que os dois caminham em direção ao altar do templo.
“Eu olhei pra ela, vi ela se levantando. Aí pensei: ‘Senhor, eu tô vendo coisa’. Abaixei a cabeça, comecei a orar. Quando olhei de novo, vi ela se levantando de novo. E Deus mandou eu ir lá com ela. Fiquei com medo, né? Porque se eu fosse e ela não levantasse. Segurei na mão dela. Deus me mostrou uma visão: eu vi o fogo por dentro dela restaurando. Quando ela apertou firme minha mão, eu apertei de volta e levantei a mão dela. Foi aí que ela se levantou. Naquele momento eu estava consciente, mas já não via mais nada, só via fogo. Fogo, fogo, na minha frente. E foi aí que ela andou. Foi Deus”, relatou Rédellen.
FAMÍLIA: FOI UM PROCESSO DOLOROSO
Dona Antônia Alves, mãe da Maria Eduarda, contou como foi o início do processo de entrada e internato da filha no hospital. O sentimento de impotência tomava conta dela quando via a filha com muitas dores e entrando em estado de atrofia.
Muito emocionada, ela falou que quando recebeu a notícia da cura da filha, via chamada de vídeo, ficou sem acreditar. De imediato ela se ajoelhou no chão agradecendo a Deus pelo milagre, e correu para encontrar Maria Eduarda, que estava na Sede da ADBrasil.
O pai da Maria Eduarda, Francisco Araújo, disse que os médicos não sabiam o que estava acontecendo com a filha dele e que estavam investigando o caso. Os médicos passavam somente medicamentos e teve um momento que a Maria Eduarda chegou a tomar 32 medicamentos por dia, entre remédios na veia e comprimidos, porém o estado de saúde dela piorava.
De acordo com Francisco, os membros superiores e inferiores da Maria Eduarda chegaram a ficar atrofiados, mas parte deles voltaram ao normal. Até que a cura fosse completamente restabelecida, o braço direito dela ainda permanecia atrofiado e nem sequer podia ser tocado, pois lhe causava muita dor por conta da extrema sensibilidade.
As irmãs, Naiara e Patrícia, relataram como era a rotina de cuidados que deveriam ter para tentar amenizar o sofrimento que a irmã delas passava. O processo foi muito desafiador devido aos desmaios ocasionados por conta do toque em seu corpo, com o tempo elas foram adquirindo habilidades para conseguir cuidar da irmã sem machucá-la.
Assista à entrevista completa aqui:
MUDANÇA PARA BOA VISTA
A família de Maria Eduarda passou a congregar oficialmente na Sede da ADBrasil em outubro de 2024, quando vieram de Manaus para Boa Vista. “Antes disso, passamos cerca de dois meses aqui, entre agosto e setembro, apenas visitando, sem ainda morar de forma definitiva. Durante esse período, participávamos dos cultos na Sede, mas como visitantes. Faz apenas oito meses que estamos morando aqui em Boa Vista (Roraima) e congregando oficialmente na Sede”, contaram. Uma das irmãs (Priscila) mora no Ceará, mas vem para Boa Vista com frequência.
LIDERANÇA DA UMAD
A cura marcou não só a vida de Maria Eduarda, mas também de todos que a conheciam e conviviam com ela. Líderes e amigos que sempre estiveram por perto relatam o impacto do milagre e o testemunho de fé da jovem, conhecida por sua disposição e alegria, mesmo diante das limitações físicas.
O evangelista Leandro Gomes, vice-líder da União de Mocidade da Assembleia de Deus em Roraima (UMAD-RR), foi uma das pessoas que, durante o culto do 2º dia de programação da Convenção de Adoradores, foi impulsionado a impor as mãos sobre a cabeça da Maria Eduarda. Durante a entrevista, ele contou detalhes de como foi esse momento.
No decorrer da conversa, ele ainda relatou experiências quanto à hipersensibilidade que a Maria Eduarda tinha, e presenciou momentos em que ela chorou ao ser abraçada pelos irmãos, ao sentir dor por conta dos abraços. Como um dos responsáveis pela logística das viagens que a UMAD-RR realiza, o evangelista contou como eram os cuidados que a equipe tinha para que Maria Eduarda pudesse fazer parte das viagens.
Acompanhe o testemunho completo no vídeo…
“ELA NUNCA MURMURAVA”
O pastor Manoel Batista, líder da Sede Nacional da ADBrasil, onde Maria Eduarda frequenta, contou como tem sido acompanhá-la de perto. Em entrevista, ele testemunha a ousadia e fé da jovem que, mesmo com os limites da cadeira de rodas, não murmurava e nem a usava como empecilho para frequentar os cultos e as programações da Igreja, muito pelo contrário. Ela sempre foi assídua e desde o final de 2024 tem recebido convites para pregar a palavra de Deus em outros lugares. No vídeo a seguir, o pastor conta como se sentiu quando a viu caminhando com as próprias pernas no dia em que recebeu o milagre.
SEMPRE FOI MUITO ATIVA NAS ATIVIDADES DO GRUPO DE JOVENS ROSA DE SARON
Segundo os líderes de jovens da Sede Nacional da ADBRASIL, Elizamas Barbosa e Joseânia de Araújo, Maria Eduarda sempre foi muito ativa nas atividades do grupo de jovens Rosa de Saron.
“Mesmo com suas limitações, ela era muito alegre e disposta na obra do Senhor. Estava presente em tudo, nas orações, louvores nos lares, atividades de lazer. Sua presença era marcante, com um entusiasmo que contagiava a todos”, afirmam.
Congregando na Sede Nacional há pouco mais de um ano, Maria Eduarda passou a participar com frequência dos estudos em grupo, além de já ter pregado em cultos da juventude. Apesar de fortes dores no lado direito do corpo, especialmente no braço, que não conseguia movimentar e que provocava crises de dor intensa, ela não deixava de comparecer às programações.
“Ela tinha uma sensibilidade muito grande, principalmente do lado direito do corpo, não conseguia mover o braço. Era necessário uma atenção maior para não tocar nesse braço dela, pois ela sentia muita dor ao ponto de desmaiar. Apesar disso, sempre foi muito independente, contando com o auxílio de suas irmãs, Naiara e Patrícia, que se revezavam nos cuidados com ela”, comentaram.
REAÇÃO DIANTE DO MILAGRE
“Foi um momento de extrema alegria, não só para nós líderes, mas para todo o grupo de jovens. Nós, que acompanhamos de perto a sua luta e sua perseverança tão inspiradora para nós, ficamos extasiados com o milagre que podemos vivenciar. O tão almejado milagre que Deus operou na vida da Maria Eduarda impactou a nossa vida de forma tremenda. Ela jamais teve dúvida de que o milagre aconteceria e todos nós, acreditamos com ela. Maria Eduarda é um exemplo de fé inabalável”, disseram os líderes Elizamas e Joseânia.
“ELA JÁ SABIA QUE SERIA CURADA”
Dayane de Paula, amiga e integrante do conjunto Rosa de Sarom, grupo de jovens da Sede da ADBrasil, acompanhou de perto a trajetória de Maria Eduarda dentro da igreja.
“Muito participativa. Ela faz parte do conjunto Rosa de Sarom, assim como eu. Em todas as orações dos jovens, nas madrugadas, nos cultos, a Maria sempre estava presente. A gente acreditava, a gente orava pela Maria. Mas o mais impressionante era que ela já sabia que seria curada, porque acreditava. Ela tinha uma fé admirável”, comentou Dayane.
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Texto: Ozieli Ferreira e Tatiane Ramos - Jornalistas da Rádio Web Nossa Voz
Captação de vídeos: Denilson Macedo e Adrian Daniel